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Gerdal dos Santos

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Gerdal dos Santos
Nome completo Gerdal Renner dos Santos
Nascimento 27 de outubro de 1929
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Morte 24 de julho de 2022 (92 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Causa da morte Acidente vascular cerebral
Ocupação Radialista, jornalista, ator e advogado

Gerdal Renner dos Santos (Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1929 - Rio de Janeiro, 24 de julho de 2022[1]), mais conhecido como Gerdal dos Santos, foi um radialista, jornalista, ator e advogado brasileiro.[2][3][4][5]

Ainda criança, em 1942, integrou o elenco infantil da Associação Brasileira de Críticos Teatrais,[2] no Teatro Carlos Gomes, tendo atuado nas peças "Aladino ou a Lâmpada Maravilhosa" e "O Príncipe do Limo Verde".[3] Participou em São Paulo da inauguração do Teatro Alumínio atuando na Companhia Nicete Bruno e Halfeld.[3]

Neste mesmo ano entrou na Rádio Tupi, como ator-mirim de rádio, no programa “A Hora do Guri”, apresentado por Silvia Autuori, a Tia Chiquinha.[3] Já em 1943, atuou no primeiro longa-metragem da Atlântida Cinematográfica, o filme: "Moleque Tião", de José Carlos Burle, com o Custódio Mesquita, Grande Otelo e Lourdinha Bittencourt.[2] Ainda no cinema faria "O goal da vitória" e "Sob a luz do meu bairro".[3]

Com apenas 15 anos de idade, em 1945, foi convidado pelo novelista Amaral Gurgel e ingressou na Rádio Globo, do Rio de Janeiro.[3] Nesta emissora se destacou contracenando com a maior estrela da emissora à época, Zezé Fonseca.[2] Em 1952, atuou como rádio-ator na Rádio Clube do Brasil e, em 1953, estreou na Rádio Nacional, onde participaria do programa Consultório Sentimental, de Helena Sangirardi; ainda na Rádio Nacional atuou em rádio novelas e em programas musicais.[3][2]

Já na televisão seria contratado pela TV Rio, atuando em em novelas, como “Jerônimo, Herói do Sertão”,” O Anjo”, ” Presídio de Mulheres”; participou do programa que teve grande audiência, que foi o ” A Felicidade Bate à Sua Porta’, com Yara Salles e Emilinha Borba; também esteve no programa de Almirante ” Incrível, Fantástico, Extraordinário”.[2]

O golpe de 1964 alcançou Gerdal dos Santos trabalhando na Rádio Nacional, ele e mais 35 colegas foram demitidos da rádio sob acusação de serem comunistas; o inspirador de tais denúncias seria o radialista César de Alencar.[3] Com isso Gerdal se dedicou mais à carreira de advogado, chegando a trabalhar em favor dos colegas e amigos, que estavam vivendo momentos difíceis. Gerdal seria anistiado em 1980 e voltou a trabalhar na Rádio Nacional,[2][6] comemorando nesta emissora os seus 60 anos de atividades artísticas. Na Rádio Nacional apresentou os programas "Onde canta o sabiá", "Parada de todos os carnavais", "Rádio Memória" e "Naquele tempo".[3]

Ele tinha um espírito solidário no trato com a arte e artistas. No ano de 2000, Gerdal dos Santos uniu-se a diversos artistas, como Nicette Bruno, que havia sido sua colega no Teatro de Alumínio, Agnaldo Timóteo, seu cliente como advogado, além de outros artistas e amigos para criar a Fundação SócioCultural José Ricardo (FUNJOR), entidade que levava o nome do amigo e que atuou com ele em diversos programas da Rádio Nacional, José Ricardo. Gerdal foi membro do conselho cultural da entidade entre 2000 e 2004, quando assumiu a presidência e comandou a entidade de apoio aos profissionais da arte e de preservação de memória artística por 3 gestões até se transformar, no ano de 2012, em Instituto FUNJOR, sendo seu primeiro presidente. Ficou a frente da entidade até 2016,quando recebeu o título vitalício de "presidente de honra" da FUNJOR.

Em 2002, passou a apresentar programa de entrevistas na Rede Vida de Televisão, onde ficou por vários anos apresentando o programa "Brasil é isso!". O comunicador também foi membro da Academia Guanabara de Letras, da Academia Brasileira de Jornalistas e da Academia de Letras e Artes Paranapuã. Fez parte do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes e do Salão Poesia e Artes.[2] Também membro da Ordem dos Advogados do Brasil, Ordem dos Jornalistas do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, Instituto dos Advogados Brasileiros, Federação da Academias de Letras do Brasil e Academia Nacional de Letras e Artes[3].

Gerdal se aposentado em 2018 do rádio, por consequência de um AVC, e teve seu último programa "Onde Canta o Sabiá" veiculado em edição especial para celebrar seus 90 anos, em 2019. No início da noite de domingo, 24 de julho de 2022, passou mal e teve uma parada cardíaca em sua casa, bairro de Copacabana (RJ), falecendo aos 92 anos de idade.

Referências

  1. «Ator Gerdal dos Santos morre aos 92 anos no Rio». AgênciaBrasil. 25 de julho de 2022. Consultado em 25 de julho de 2022 
  2. a b c d e f g h «Gerdal dos Santos: Biografias». ProTV/Museu da TV. Consultado em 19 de setembro de 2020 
  3. a b c d e f g h i j «Gerdal dos Santos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. 14 de setembro de 2020. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  4. «Ator Gerdal dos Santos morre aos 92 anos no Rio». Agência Brasil. 25 de julho de 2022. Consultado em 25 de julho de 2022 
  5. «Ator Gerdal dos Santos morre aos 92 anos no Rio». MSN. Consultado em 25 de julho de 2022 
  6. «Gerdal dos Santos relembra atuação na Rádio Nacional. Há 63 anos na emissora, o radioator comenta o que viveu na Rádio». EBC-Empresa Brasil de Comunicação. 17 de julho de 2016. Consultado em 17 de setembro de 2020